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Podemos ter muitas coisas, mas podemos fazer muitas outras e oferecer outras tantas. Algumas das Histórias do Meu Mundo quero preenchê-las modificando nem que seja uma pequena parte do Mundo dos Outros, de coisas que não deviam existir!

Esta ideia persegue-me há muitos anos, um desejo passado de mãe para filha, uma missão de vida, uma necessidade fazer bem.

Do pouco que posso oferecer e de muito amor que posso semear e colher, quero um dia poder abraçar um destes "meninos do lixo", pegar ao colo, lavar, embrulhar numa manta e dar muitos beijinhos. Fazer cócegas, mimar, apresentar o Martim e ensinar que podemos e devemos sempre tomar posições e agir de acordo com as nossas capacidades perante o que achamos que não está correcto. Temos responsabilidades sobre o Mundo que habitamos e dentro das nossas possibilidades, torná-lo ou tornar para alguns um Mundo Melhor. Ensinar que cada vida é tão importante como a nossa, que há muitos umbigos no mundo e todos eles começaram por depender de alguém. Dar e receber...





3 pistas:

Brown Eyes disse...

A tua mensagem é uma linda mensagem. Este mundo virtual acaba por nos limitar ainda mais na observação do individuo que vive ao nosso lado. Dá-nos uma visão mais alargada da realidade mas pode viciar-nos ao ponto de passarmos horas sentados em vez de agirmos. Há ao nosso lado muita gente que precisa de ajuda, basta termos a capacidade de vermos para as encontrar. Os meninos de rua são seres extraordinários, que conseguem sobreviver em condições desumanas. Em vez de gastarem dinheiro em armamento se o gastasse a ajudar estas pessoas. Tu poderás dar banho, mimar um menino mas tantos outros ficam sem o sentir. Se os países se unissem, as pessoas se unissem todos eles teriam o mimo que merecem. Todos os seres humanos deviam ser iguais.
Adorei a tua beleza. Beijinhos

António Soares disse...

Não é fácil eu invadir um espaço e explanar uma teoria. Por norma as pessoas assustam-se com a clareza e frontalidade e acabam por interpretar mal o fundamento, mas arrisco:

Neste caso a minha questão seria: tem mesmo que ser um menino de África?
Há necessidade em todo o lado, Portugal não é excepção. A sua rua não é excepção.

Há prioridades. Todo o ser humano nasce com a necessidade de procura e de segurança. É por isso que nos sentimos bem perto da progenitora, que agarramos o dedo dela e nos aninhamos ao seu colo, e é por isso que, assim que a acuidade visual o permita, olhamos para todo o lado, queremos tocar, saborear... é a descoberta do mundo com os seus perigos versus a procura de segurança.

Não obstante o facto de ser necessário extrapolar os limites da segurança e correr alguns riscos para se evoluir, é um facto que a percepção do risco que corremos evolui com a nossa maturação, e conseguimos, cada vez mais, evitar o risco desnecessário!

Com isto quis dizer que:
Não tem muita lógica arriscar a nossa segurança para tentar dar segurança a outro, quando o outro depende da nossa segurança.
África, em especial a sub desenvolvida, que creio ser o caso, é extremamente insegura. Uma vida vale uma vida, seja aqui, seja em África, por isso, vale mais procurar oferecer segurança a alguém, se conseguirmos estar também em segurança.

Há uns dias a SIC noticiou que casais Portugueses correram para tentar adoptar crianças do Haiti.
Porquê do Haiti?
Então e as nossas crianças abandonadas? Condenam-se à partida?

"Esperar que a vida nos trate bem apenas porque somos bons, é como esperar que um touro não nos ataque por sermos vegetarianos". Neste caso, penso que não devemos procurar ajudar quem vive em países sub desenvolvidos apenas por esse motivo, mas pensar que no nosso continente, no nosso país, na nossa rua, há gente que precisa de ajuda. Há vidas que podem ser salvas.

m disse...

Olá Swadharma,

O importante não é onde, quem e porque, nem a espera de uma retribuição por parte da vida. O importante é agir, fazer algo que acreditamos e se de certa forma podermos melhorar a vida de alguém seja em Portugal ou na Conchichina, tanto melhor. Eu poderia ter falado dos meninos do Haiti, ou da Coreia, ou da Somália, a ideia não é o local, não é a dimensão da tragédia em si, nem a mediatização da mesma. Seja em que local for, seja na esquina da minha rua ou do outro lado do globo a atitude é não estar de acordo e agir...

obrigado pelos vossos comentários!